Quinta-feira, 28/ Março/ 2024
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Caso Bony Júnior: Tribunal do Júri desclassifica homicídio doloso e policiais responderão por homicídio culposo e fraude processual
Juíza Ana Paula Tano

Caso Bony Júnior: Tribunal do Júri desclassifica homicídio doloso e policiais responderão por homicídio culposo e fraude processual

A comunidade de Goiatuba foi surpreendida com a decisão de que os quatro policiais militares acusados de Homicídio contra o cantor Bony Júnior não responderão por Dolo, e sim, Culpa.

Portanto, afasta-se a competência do Tribunal do Júri e determina-se a competência de um Juiz singular para a Sentença. A Juíza, Dra. Ana Paula Tano segue sendo a responsável pelo processo e deverá se pronunciar nos próximos dias.

Boni e Carro 21 Boni e Carro 19

Não há uma definição de quando a Sentença será publicada, mas, conhecendo a competência e presteza da magistrada, nosso redator acredita que isso deve acontecer até o final desta semana, ou no mais tardar até meados de abril.

Nossa redação apurou que o representante do Ministério Público não deverá recorrer da decisão.

Publicada na quarta-feira, 06/04/2016, às 11h20

VIDA QUE SEGUE – FAMÍLIA DE BONY JÚNIOR PRECISA DO APOIO DOS AMIGOS E DA COMUNIDADE

Terezinha e Zezé - Pais de Bony não se conformam com o acontecido

Terezinha e Zezé – Pais de Bony Júnior

Uma questão de opinião. É preciso que as pessoas amigas da família de Bony Júnior ajudem nesse processo de “curar as feridas”. Não é fácil. A dor da perda nunca será superada, mas após o julgamento, é necessário que os familiares, especialmente os pais de Bony, se dedicam mais às suas próprias vidas e aos seus outros filhos e familiares.

O Tribunal do Júri se reuniu por quase 18 horas, e tudo foi feito dentro da maior lisura e correição. O representante do Ministério Público se desdobrou ao máximo e fez um excelente trabalho, assim como o auxiliar de acusação. O mesmo precisa ser dito dos representantes da Defesa dos réus.

A Juíza conduziu tudo com muita seriedade e o Conselho de sentença tomou suas decisões dentro daquilo que julgou procedente. O resultado, claro, nunca agrada a todos.

Por isso, é importante que a comunidade de Goiatuba supere este episódio.

A Polícia Militar é uma instituição séria, respeitada e que precisa ser preservada, em todas as circunstâncias. Problemas existem em todas as instituições, por isso, existem os processos de avaliação e julgamento dos méritos, e ao final os resultados precisam ser acatados e absorvidos, mesmo quando não concordamos. As vezes fica mesmo, uma grande sensação de injustiça. As vezes a gente desacredita da justiça neste país. Mas, precisamos seguir em frente.

Terezinha e Zezé precisam seguir em frente, com Bony para sempre dentro de seus corações. Vamos ajudá-los a superar todas as suas dores.

Publicada na quarta-feira, 06/04/2016, às 11h20

DECISÃO: TRIBUNAL DO JÚRI DESCLASSIFICA HOMICÍDIO DOLOSO E POLICIAIS RESPONDERÃO POR HOMICÍDIO CULPOSO E FRAUDE PROCESSUAL

Boni e Carro 20

Era próximo das 03h00 da madrugada desta quarta-feira, 06/04/16, quando o Tribunal do Júri da Comarca de Goiatuba concluiu seus trabalhos e a juíza Ana Paula Tano leu a decisão sobre o Caso Bony Júnior.

Passadas mais de 18 horas do julgamento que começou na manhã de terça-feira, o Corpo de Jurados, ou Conselho de Sentença decidiu por desqualificar um dos policiais acusados do crime de Homicídio Doloso, prevalecendo a tese de Homicídio Culposo e Fraude Processual.

Sendo assim, de acordo com a juíza, esta decisão se estende aos outros três policiais, ou seja, os quatro responderão por Homicídio Culposo e Fraude Processual.

Com isso, afasta-se a competência do Tribunal do Júri e determina-se a competência de um Juiz singular, para o qual os autos serão remetidos para que, nas palavras da Juíza, Dra. Ana Paula Tano, “haja análise mais cuidadosa, com estudo cauteloso das provas produzidas, afim de individualizar as condutas praticadas por cada um dos acusados”.

Publicada na quarta-feira, 06/04/2016, às 03h25  

CASO BONY JÚNIOR: TRIBUNAL DO JÚRI SE REÚNE PARA JULGAR OS 4 POLICIAIS MILITARES ACUSADOS DE HOMICÍDIO E FRAUDE PROCESSUAL

Publicada na terça-feira, 05/04/2016, às 09h15

Cantor morreu em

Cantor morreu em

Hoje é dia de o Tribunal do Juri se reunir em Goiatuba. A juíza Ana Paula Tano preside a audiência de julgamento de quatro policiais militares, nesta terça-feira, 05/04/16, a partir das 08h30, no auditório do Tribunal do Júri de Goiatuba.

Atua pelo Ministério Público o Dr. Rodrigo Sé Patrício de Lima, representante do Ministério Público; como auxiliar de acusação o advogado Ronivan Peixoto.

Na defesa dos réus atuam os advogados, João Batista de Oliveira, Ilson Roberto da Silva, Clodemir Ferreira Pimentel e Antônio Carlos Oliveira.

ENTENDA O CASO

Delegados apresentam inquérito à imprensa. Pais de Bony ouvem as explicações

Delegados apresentam inquérito à imprensa. Pais de Bony ouvem as explicações

Os policias militares Silmar Silva Gonçalves, André Luis Rocha, Edson Silva da Cruz e Aluísio Felipe dos Santos são acusados de matar o cantor sertanejo José Bonifácio Sobrinho Júnior, conhecido como Boni Júnior.

Além de homicídio, eles também respondem por fraude processual, pois, segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, alteraram a cena do crime para tentar incriminar a vítima.

Projétil retirado para perícia

Projétil retirado para perícia

O crime ocorreu no dia 28 de outubro de 2012, na GO-515, entre Goiatuba e Panamá. Na ocasião, os militares alegaram que Boni Júnior estava fugindo de uma perseguição policial após fazer manobras perigosas na pista.

Conforme os policiais, ele morreu após bater em um carro da PM que fazia uma barreira na pista. Um militar também ficou gravemente ferido na colisão.

Carro que Bony Jr. dirigia

Carro que Bony Jr. dirigia

No entanto, o corpo foi exumado dois meses depois e ficou constatado que o cantor foi morto após ser baleado na cabeça. A partir deste fato, as investigações apontaram para o homicídio praticado pelos militares.

Na tese formulada pelo MP-GO, o sertanejo estava em alta velocidade e, por isso, não viu o carro da polícia. Depois da batida, dois dos acusados – Silmar e André – se dividiram: um deu assistência ao policial ferido e o outro foi verificar as condições do cantor.

Tiro em viatura

Tiro em viatura

Conforme a peça acusatória, mesmo vendo Boni Júnior agonizando, ele foi baleado na cabeça a menos de 5 metros de distância e morreu no local.

Edson e Aluísio, que perseguiam o artista, chegaram em seguida no local do crime. Ao serem informados da morte, conforme o MP, os quatro resolveram “ardilosamente inovar a cena do crime”. Para isso, pegaram a arma de um deles, deram tiros nos carros da polícia, além de guardar o objeto, em seguida, no veículo do cantor. A intenção era simular que Boni Júnior teria efetuado os disparos e os militares apenas se defenderam legitimamente.

Reportagem do site G1 informou que enviou um e-mail para a assessoria de imprensa da Polícia Militar, na manhã desta terça-feira, 05/04, e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Arma que segundo o inquérito foi 'plantada' pelos policiais militares

Arma que segundo o inquérito foi ‘plantada’ pelos policiais militares

INVESTIGAÇÃO

O delegado titular em Goiatuba à época, Gustavo Carlos Ferreira e o então delegado regional, Ricardo Chueire, responsável pela investigação, realizaram uma reconstituição do crime dois meses após a morte. Depois do procedimento, Chueire confirmou que o confronto fora forjado.

“A perícia prova que os próprios militares plantaram a arma na cena do crime, como sendo ela pertencente ao cantor, e ainda atiraram com a mesma arma contra as viaturas para forjar o confronto e justificar a morte de um homem desarmado”, afirmou.

O delegado ressaltou, ainda, que seria fisicamente impossível Boni ter atirado. “A reconstituição mostrou que um indivíduo sentado e dirigindo em alta velocidade não teria posicionamento para acertar os dois carros ocupados pelos policiais e mostra que quem atirou contra as viaturas estava em pé e próximo a elas”, descreveu.

Duas semanas depois, o corpo de Boni Júnior foi exumado e ficou constatado que ele foi assassinado com um tiro na cabeça.

A família da vítima sempre questionou a versão dos policiais. A mãe do cantor, Terezinha Luiz Vinhal, disse que o filho não possuía arma. “Meu filho nunca portou arma de fogo. Ele não era bandido. Era cantor, músico e intérprete. A única arma dele era o violão”, declarou na época do crime.

Publicada na terça-feira, 05/04/2016, às 09h15

Fonte: Da Redação, por Leonardo Costa, com informações do Tribunal de Justiça de Goiás, Forum de Goiatuba e site G1/GO

Terezinha e Zezé - Pais de Bony não se conformam com o acontecido

Terezinha e Zezé – Pais de Bony não se conformam com o acontecido

Delegados explicam o que apuraram nas investigações

Delegados explicam o que apuraram nas investigações

Gustavo Carlos e Ricardo Chueire apresentam inquérito

Gustavo Carlos e Ricardo Chueire apresentam inquérito

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