Quinta-feira, 28/ Março/ 2024
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MICROCEFALIA: Caso registrado em Morrinhos ainda não tem causa definida

MICROCEFALIA: Caso registrado em Morrinhos ainda não tem causa definida

Muitas perguntas e poucas respostas. Nas últimas décadas as autoridades brasileiras se revelaram incompetentes para eliminar o mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e mais recentemente, Zika – que por sua vez pode causar Microcefalia.

Mas, existem várias causas para a Microcefalia. Não é um diagnóstico comum. Nos últimos meses vários casos têm sido relacionados ao Zika vírus.

Porém, é preciso não direcionar as suspeitas apenas para esta possibilidade, tendo em vista que diversos outros aspectos podem provocar a Microcefalia.

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Mas, o que é Microcefalia?

A palavra deriva do grego mikrós, que significa pequeno, mais kephalé, que significa cabeça.

É uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça é menor do que o tamanho típico para a idade do feto ou criança.

Também chamada de Nanocefalia, constitui-se no déficit do crescimento cerebral, seja pelo pequeno tamanho da caixa craniana, seja pelo reduzido desenvolvimento do cérebro.

Microcefalia é uma das causas de oligofrenia, o déficit intelectual.

O que provoca Microcefalia?

A microcefalia pode ser congênita, adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida.

Pode ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal ou estar associada com problemas ou síndromes genéticas hereditárias.

Diversos fatores podem predispor o feto a sofrer os problemas que afetam o desenvolvimento normal da caixa craniana tanto durante a gravidez quanto nos primeiros anos de vida.

Assim, as causas são divididas em duas categorias: Congênita e Pós-natal.

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Causas da Microcefalia Congênita

  • Consumo abusivo de álcool e/ou drogas como cocaína e heroína durante a gravidez;
  • Diabetes materna mal controlada;
  • Hipotireoidismo materno;
  • Insuficiência placentária;
  • Anomalias genéticas;
  • Exposição a radiação de bombas atômicas;
  • Infecções durante a gravidez, especialmente Rubéola, Citomegalovírus, Toxoplasmose e Vírus Zica.

Causas da Microcefalia Pós-natal

  • Má-formação do metabolismo;
  • Síndromes por problemas genéticos (como Síndrome de Rett);
  • Infecções intra-craneais (encefalite e meningite);
  • Intoxicação por cobre;
  • Hipotireoidismo infantil;
  • Anemia crônica infantil;
  • Traumas disruptivos (comoAVC);
  • Insuficiência renal crônica.

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Sintomatologia

Dependendo da causa a microcefalia pode apresentar-se como anomalia isolada ou associada a outros problemas de saúde e síndromes.

Sem espaço para o cérebro se desenvolver, é esperado um sério déficit intelectual, atraso no desenvolvimento motor e da fala e pode prejudicar o desenvolvimento do resto do corpo. Também pode causar convulsão.

No Brasil, no início deste mês de dezembro de 2015 o Ministério da Saúde informou que passará a considerar como casos de microcefalia recém-nascidos com perímetro da cabeça menor ou igual a 32 cm.

Antes o valor usado era 33 cm. O novo valor é igual ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Tratamento

Depende da causa, porém, não há cura. Em casos de infecções ou problemas relacionados com a má-nutrição, o tratamento pode evitar o agravamento. Geralmente o tratamento é apenas sintomático e assistencial.

Vírus Zika

No Brasil, suspeita-se que a entrada do vírus Zika tenha se dado durante a Copa do Mundo de 2014, quando o país recebeu turistas de várias partes do mundo, inclusive de áreas atingidas de forma mais intensa pelo vírus, como a África — onde surgiu — e a Ásia.

No primeiro semestre de 2015, já havia casos confirmados em estados de todas as regiões do país.

Com sintomas mais brandos que os da dengue e os da febre Chikungunya (doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti), a febre Zika chegou a ser ignorada pelas autoridades de saúde do Brasil, porém, foi comprovada a associação do vírus a casos de microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré, condições raras que aumentaram de maneira incomum no país no ano de 2015.

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Com relação à microcefalia, o risco maior da infecção pelo Zika se dá na fase de desenvolvimento do córtex cerebral do feto, ou seja, os primeiros quatro meses de gravidez.

No início da gestação, o vírus pode causar lesões no cérebro e interferir em fases do desenvolvimento do encefálico.

Não necessariamente uma grávida infectada pelo vírus Zika terá um bebê com microcefalia, porém estudos apontam um risco relevante.

Por isso, se faz imprescindível o acompanhamento pré-natal para as gestantes, muito embora os danos causados no cérebro do feto em caso de microcefalia sejam irreversíveis. (Fonte: Wikipédia)

BEBÊ NASCE COM MICROCEFALIA EM MORRINHOS E FAMÍLIA BUSCA INFORMAÇÕES PARA TRATAMENTO DA CRIANÇA

tomografia

Em Morrinhos um caso foi registrado em outubro. Após gestação em período normal de 9 meses, e acompanhamento completo em consultas pré-natal uma menina nasceu com o crânio menor que as especificações consideradas normais.

A pequena E.V.G.P nasceu em 14 de outubro de 2015, no Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Carmo, em Morrinhos, com medidas de 29 centímetros em seu crânio – bem abaixo do que prevê a Organização Mundial da Saúde para se considerar Microcefalia, que são 32 centímetros.

Ainda não se sabe o que provocou a Microcefalia na criança morrinhense.

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O pai contou ao nosso redator que no sexto mês de gestação foi informado pelo médico que acompanhava o pré-natal de sua esposa que a criança apresentava o crânio um pouco menor que o normal.

Preocupados os pais se dirigiram à Goiânia onde realizaram consulta e exames no Hospital Materno Infantil.

Diante dos resultados foram informados que a situação de gestação e a saúde do bebê eram normais e foram encaminhados para casa.

Mas, quando a criança nasceu confirmou-se a Microcefalia.

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Ainda mais preocupados os pais voltaram à Goiânia e realizaram nova consulta no Hospital Materno Infantil. Além disso, uma Tomografia foi realizada no Hospital da Criança e o resultado confirmou a Microcefalia.

Novamente os pais e a criança foram mandados para casa e instruídos a voltar após três meses. Em nenhuma unidade hospitalar as autoridades souberam informar o que provocou a Microcefalia na criança morrinhense.

De acordo com as informações passadas pelo pai da menina, a mãe não se submeteu a nenhum exame para Dengue, Chikungunya ou Zika vírus.

Família luta para descobrir causas e tratar criança

Aliás, tem sido uma grande luta da família para que mãe e filha se submetam a novos exames visando determinar um tratamento para a criança e também para descobrir o que causou a Microcefalia.

O pai atesta que não encontrou respaldo e nem viu interesse nas autoridades de saúde de Goiás, (onde foi buscar ajuda, informações e apoio) no sentido de descobrir o que teria provocado a Microcefalia em sua filha.

De acordo com seus relatos, as autoridades de saúde não lhe deram a atenção que ele deseja.

O pai está ansioso por informações e foi ao CRER em Goiânia e até mesmo à sede do SAMU na capital do estado, mas, ninguém o deu as informações que ele foi buscar.

A família deseja descobrir as causas da Microcefalia e também direcionar um tratamento para a criança. O pai já buscou auxílio até junto a alguns vereadores em Morrinhos.

Pneumonia

Recentemente a bebê foi internada no Hospital Municipal de Morrinhos onde obteve o diagnóstico de pneumonia.

A equipe médica realizou o tratamento que julgava necessário e na manhã de domingo, 06/12 a pequena E.V.G.P recebeu alta, com um mês e 22 dias de vida.

Nosso redator falou com o diretor do Hospital Municipal de Morrinhos, José Roberto que nos disse o seguinte:

“Tomamos conhecimento deste caso há poucos dias e imediatamente iniciamos os procedimentos necessários que a situação requer. O pré-natal e o parto não foram realizados no Hospital Municipal, por isso, tudo nesse caso é novo para nós. Na verdade a criança deu entrada no H.M.M devido à pneumonia, e não em decorrência de Microcefalia. Mas, agora que sabemos do caso estamos trabalhando com todo o cuidado que a situação requer.”

Falamos também com o secretário interino da saúde em Morrinhos, Dr. José Ricardo que responderá pela secretaria durante período de convalescênça do secretário André Luiz Dias Matos que se submeteu a uma cirurgia para tratamento renal e ainda está internado. José Ricardo nos informou o seguinte:

“Fomos informados recentemente deste caso de Microcefalia e estamos tomando as providências devidas. Já informamos ao Núcleo de Vigilância Epidemiológica e a Regional de Saúde que tem sede em Itumbiara. Ainda é muito cedo para afirmarmos qualquer coisa sobre o caso pois o pré-natal e o parto não aconteceram no Hospital Municipal de Morrinhos e, portanto, temos poucas informações ainda. Precisamos saber nos próximos dias um histórico de saúde recente da mãe; se ela teve dengue, ou qualquer outra possível doença durante a gravidez. Mas, ela fez pré-natal e tenho certeza de que foi muito bem assistida. Só com o passar dos dias é que poderemos falar mais sobre este assunto, pois ainda sabemos muito pouco e estamos nos informando para tentar ajudar da melhor forma possível.”

Nós também queremos ajudar. Vamos acompanhar de perto este caso e falar com autoridades de saúde do Estado e do município para sabermos o que pode ser feito para determinar a causa da Microcefalia na pequena E.V.G.P e a que tratamentos ela poderá ser submetida para que tenha boa saúde. (Da redação, por Leonardo Costa)

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