Quinta-feira, 25/ Abril/ 2024
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Um fiasco a presença de comerciantes na reunião sobre Segurança Pública!!! Mas, as autoridades compareceram e salvaram o encontro na ACIM

Um fiasco a presença de comerciantes na reunião sobre Segurança Pública!!! Mas, as autoridades compareceram e salvaram o encontro na ACIM

Sensibilizada com a terrível situação de insegurança pública que vive o comércio morrinhense, a Associação Comercial e Industrial de Morrinhos decidiu realizar encontros com as autoridades do setor com os seus associados para cobrar dessas autoridades ações mais efetivas no combate à criminalidade, além de oferecer seu apoio em contrapartida.

Na primeira reunião realizada em 11 de julho quase 50 comerciantes compareceram para ouvir o delegado Fabiano Jacomelis e o subcomandante da 10ª CIPM, Capitão Weslei.

Mas, no encontro desta segunda-feira, 22 de agosto a presença dos associados foi vexatória. Pouco mais de 10 empresas estavam representadas por menos de 20 associados, já que algumas compareceram com mais de um representante.

OPORTUNIDADE PERDIDA

editada 01Na reunião presidida por Cláudio Daniel Serafim, presidente da ACIM estavam a Representante do Ministério Público, Dra. Jonise Ferreira Figueiredo e o Juiz da Vara de Execuções Penais, Dr. Diego Custódio Borges. Os dois se mostraram extremamente dispostos a ouvir os comerciantes, e aguardaram os longos discursos com toda a paciência. Mas, havia pouca gente para questionar e sugerir. A maioria esmagadora dos associados perdeu uma de suas maiores oportunidades de debater o assunto.

Também estavam presentes o Comandante da 10ª CIPM, Major Leônidas, o subcomandante Capitão Weslei, o Tenente Diniz, o subcomandante da 1ª Cia da Polícia Militar Rodoviária, Capitão Virgílio, além de outros policiais militares.

Paulo Tarso que é secretário municipal de Indústria e Comércio representou o prefeito Rogério Troncoso no encontro.

O presidente da Câmara de vereadores não compareceu e não enviou representante. 

OPORTUNIDADE APROVEITADA

editada 03Se a maioria dos associados perdeu a oportunidade ímpar de questionar as autoridades, os poucos que lá estiveram aproveitaram bem o momento para fazer suas observações e solicitar mais rigor contra os criminosos que estão atuando na cidade, especialmente nos últimos meses.

PRINCIPAL QUEIXA

Entre as principais questões levantadas pelos associados, a presença da polícia na rua foi o item mais questionado. Alguns acham que a PM não está realizando o patrulhamento como realizava anteriormente e cobraram a presença mais efetiva da Polícia Militar nas ruas da cidade, especialmente no centro comercial, onde segundo os associados, quase não se vê as viaturas.

Tal afirmação foi negada pelo Major Leônidas que garantiu que o patrulhamento acontece como sempre aconteceu e até com maior volume. Ele mostrou uma planilha com números para informar os comerciantes sobre isso e garantiu que o patrulhamento seguirá com todo o rigor necessário.

qintQUESTIONAMENTOS

Os comerciantes perguntaram às autoridades se a diferente atuação da PM nos últimos meses se deve ao fato da criação das Audiências de Custódia. Os policiais estão desmotivados? Os policiais estão temendo responder procedimentos internos? Foram algumas das perguntas feitas.

Todas estas questões foram negadas. O Major Leônidas disse que os policiais apenas estão mais cautelosos em sua atuação, o que vem de encontro ao objetivo da Audiência de Custódia.

Os comerciantes se mostraram muito preocupados com os roubos dos últimos meses, especialmente com a ousadia dos ladrões que agora atacam à mão armada. Citaram que recentemente um homem roubou a Drogaria Arco Íris e na fuga passou na porta do Posto da Polícia Militar na Praça Monte Castelo. “Isso é vergonhoso” disse um deles.

MAJOR PM FRANCISCO LEÔNIDAS

O Major Leônidas disse que os comerciantes precisam se prevenir melhor. Não deixar dinheiro em quantidade nos estabelecimentos comerciais, ou seja, fazer as retiradas com mais frequência.

O Major Leônidas também sugeriu que os comerciantes contratem seguranças particulares, pois isso pode ajudar nesse momento de pico da criminalidade. Os comerciantes não concordaram e explicaram que isso geraria um gasto fora dos padrões da maioria dos pequenos empresários.

O Major Leônidas ainda ressaltou que os números que ele tem planilhados mostram que a violência não está tão grande assim, em Morrinhos, especialmente quando comparada com outras cidades como Itumbiara e Caldas Novas.

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Ele afirma que a divulgação da informação de que os crimes estão acontecendo em grande volume é um desserviço à comunidade e isso acaba gerando maior sensação de insegurança do que realmente tem. Ilustrou sua afirmação citando o caso de um suspeito de cometer estupros em Morrinhos há algum tempo, quando segundo o Major, a informação na cidade corria de que o homem em uma moto havia estuprado uma mulher aqui, outra jovem ali, outra mulher noutro bairro e várias outras, mas ao ser preso ficou comprovado que ele estuprou apenas uma pessoa. “Esse desserviço não ajuda em nada”, disse o comandante da PM.

O Major Leônidas ressaltou que a comunidade precisa se prevenir melhor e fazer sua parte, evitando as portas de vidro em seus estabelecimentos comerciais, se possível colocar câmeras de segurança, entre outras ações de prevenção e cuidado. Ele também disse que quando um volume maior de dinheiro for depositado o comerciante pode acionar a PM que fará o acompanhamento do empresário até a agência bancária.

O Major Leônidas ainda sugeriu uma interação maior da comunidade com a Polícia Militar e citou a possibilidade da criação de uma Rede de Apoio à Segurança – RAS – quando a polícia passa uma espécie de treinamento aos comerciantes que receberiam orientações para ficarem mais preparados para identificar determinados comportamentos suspeitos e assim informar à Polícia Militar, que então poderia agir de forma preventiva, com mais eficiência.

PROMOTORA JONISE FERREIRA FIGUEIREDO

A representante do Ministério Público, Dra. Jonise Figueiredo ressaltou que a Polícia Militar em Morrinhos prende muito, a Polícia Civil apura muitos crimes e a Justiça condena muita gente, mas admitiu que Morrinhos realmente está vivendo um momento de Pico de Criminalidade.

Dra. Jonise informou que o presídio em Morrinhos conta com mais de 160 detentos, e que muitos outros estão cumprindo pena no regime semi-aberto usando as tornozeleiras eletrônicas de monitoramento.

Dra. Jonise disse que os comerciantes têm razão em reclamar e buscar melhorias no setor de segurança pública, mas garantiu que todas as instituições estão trabalhando muito para promover a ordem e a segurança e que esta situação de aumento nos furtos e roubos vai passar, vai se normalizar.

A representante do Ministério Público ainda comentou sobre o fato de muitos presos reincidirem, pois são presos e logo solto. Ela enfatizou que a legislação precisa ser cumprida em que, em determinados casos não há como manter preso um suspeito ou criminosos, diante das circunstâncias, tendo que realmente liberá-lo como prevê a legislação.

Dra. Jonise lembrou que vários suspeitos estão presos e respondendo por seus crimes devido ao trabalho conjunto das polícias, Ministério Público e Judiciário, com cada entidade realizando suas funções para proteger a sociedade.

Dra. Jonise admitiu que a Audiência de Custódia realmente causou um desconforto inicial entre as polícias e as demais instituições. Também concorda que a Audiência de Custódia acabou beneficiando os presos, e que os infratores também sabem disso. Mas, a promotora entende que a polícia militar em Morrinhos já superou este momento e que entendeu as mudanças com a implantação da Audiência de Custódia.

Dra. Jonise fez vários elogios aos policiais militares e ao delegado, Fabiano Jacomelis.

A promotora também falou da importância de se ter a Polícia Militar mais presente nas ruas, pois isso gera a sensação de segurança.

JUIZ DIEGO CUSTÓDIO BORGES

O juiz Diego Custódio Borges explicou que nem sempre é possível atender aos anseios da sociedade de manter um suspeito preso, pois a legislação não permite. Ele também observou que as leis precisam ser respeitadas e que as penas são brandas, proporcionando que no fim os criminosos acabam sendo liberados e podem mesmo voltar a cometer novos crimes, e ou infrações. “Nós ficamos numa situação difícil, pois não posso arbitrar uma pena da minha cabeça” – disse o magistrado. Segundo ele isso realmente acaba proporcionando a reincidência de muitos em novos crimes – como foi citado pelo Major Leônidas, que citou o exemplo de um homem que foi abordado 3 vezes pela PM no mesmo dia, e à noite cometeu um roubo à mão armada.

Dr. Diego Custódio Borges explicou que a lentidão no andamento de alguns processos deve-se ao fato de que a Vara em que atua não tem exclusividade para a área criminal, abrangendo também as áreas Civil, da Família e da Infância.

De acordo com o magistrado, o ideal seria ter uma Vara para cuidar apenas dos processos criminais, e ofereceu esta sugestão como colaboração ao processo de busca de melhorias no setor de segurança pública. Que a comunidade através das autoridades se movimentem junto ao Tribunal de Justiça tentar que seja criada uma Vara específica para a área criminal, em Morrinhos. Mas, admitiu dificuldade nisso, pois ressaltou que o orçamento está curto, o Tribunal está apertado financeiramente e que houve corte de quase 200 milhões, só neste ano nos repasses ao TJ-GO.

Dr. Diego Custódio também falou sobre o presídio. Reforçou a fala da promotora lembrando que são mais de 160 detentos cumprindo pela em Morrinhos e que é necessária uma ampliação da unidade morrinhense, pois as alas estão super lotadas. “Nós precisamos construir outro pavilhão, pois os dois que existem não são suficientes” – disse o juiz.

Mas, o juiz explicou que a sociedade precisa se movimentar e ajudar, pois o orçamento para isso não existe no Estado. Ele citou que algumas melhorias que estão sendo feita no presídio de Morrinhos acontecem com dinheiro do Fundo da Execução Penal.

A representante do Ministério Público lembrou que os aumentos e melhorias realizados no presídio de Morrinhos nos últimos anos foram todos através de ações da comunidade, Ministério Público, Poder Judiciário, Prefeitura e Câmara de Vereadores, deixando claro que o Estado há tempos não disponibiliza verbas para isso.

O Major Leônidas aproveitou para sugerir que fosse criado um local para abrigar os menores infratores, pois há uma grande dificuldade das autoridades em lidar com os menores que não têm onde ser colocados, por isso, acabam sendo liberados, mesmo cometendo atos infracionais.

O magistrado também ressaltou que a Polícia Militar em Morrinhos prende muito e que os crimes que envolvem drogas são os que mais fomentam a criminalidade atualmente.

PAULO TARSO SECRETÁRIO DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO

O secretário representou o prefeito Rogério Troncoso na reunião, e explicou que o projeto para implantação das câmeras do Sistema de Monitoramento no setor comercial já está bastante avançado e que as primeiras câmeras já estão sendo licitadas para que possam ser adquiridas pela prefeitura.

Segundo Paulo Tarso, inicialmente serão adquiridas algumas câmeras para que seja feito um teste do sistema. Ele explicou que é preciso avaliar todo o suporte técnico para saber se tudo vai mesmo dar certo.

A central de monitoramento seria implantada na sede da 10ª CIPM, com a Polícia Militar gerenciando as imagens de cada uma das câmeras.

Paulo Tarso explicou que em breve as primeiras câmeras serão instaladas.

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