O carro em que estava a deputada estadual Martha Rocha, do PDT-RJ foi alvo de tiros na manhã deste domingo, 13/01/19, e o motorista dela foi baleado na perna, após intensa trocas de tiros. O crime aconteceu no bairro da Penha, na zona norte da cidade.
O carro em que a deputada estava foi fechado nas proximidades da Avenida Brasil por um outro veículo em que estavam quatro homens armados com fuzis.
Houve intensa troca de tiros, o motorista da deputada levou um tiro na perna e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, mas já recebeu alta.
A deputada não foi atingida e passa bem. Martha Rocha acompanhou o atendimento médico ao seu motorista, o subtenente reformado da PM Geonísio Medeiros.
Em seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, Martha Rocha, de 59 anos, foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.
Ainda não há informações se o crime teria sido um atentado ou uma tentativa de roubo de carro, uma vez que na área são constantes os roubos de veículos.
O carro em que a deputada estava é blindado, um Toyota Corolla Branco de sua propriedade.
Em entrevista coletiva após o fato a deputada disse ter comprado o carro por ter recebido relatos de ameaças por milicianos desde novembro do ano passado.
“Recebi uma notícia do Disque Denúncia, precisamente três, de uma ameaça dirigida a mim. Um segmento da milícia planejava atingir algumas autoridades, e o meu nome vinha especificado neste Disque Denúncia”, declarou.
Ex-chefe da Polícia Civil do estado, Martha Rocha diz ter falado pessoalmente com Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil até o fim do ano passado, com Gilberto Ribeiro, também da Polícia Civil, e com o presidente da Assembleia Legislativa, André Ciciliano. Segundo ela, Ciciliano a acompanhou em uma reunião com o general Braga Neto, na época interventor federal na segurança do Rio de Janeiro.
A parlamentar disse que naquele momento preferiu não pedi escolta pessoal, mas pediu à Polícia Civil “uma análise de risco”.
“Eu não pedi escolta, porque o que eu desejava naquele momento era uma análise de risco para saber se [as ameaças] Disque Denúncia tinha ou não fundamento”, explicou a deputada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital e pela Coordenadoria de Recursos Especiais. A polícia trabalha com duas linhas de investigação: tentativa de assalto ou atentado.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Em nota, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, lamentou o ataque. Segundo o texto, o atentado “configura-se num ato de extrema gravidade, sobretudo por tratar-se, mais uma vez, de uma parlamentar, o que representa uma tentativa de intimidação e ameaça ao Estado Democrático de Direito”.
O procurador-geral manifestou solidariedade à deputada e a seu motorista, que saiu ferido do crime. Ele esclareceu que acompanhará, com rigor, a condução das investigações policiais e pôs à disposição das autoridades estaduais as equipes de investigação do Ministério Público para a “completa elucidação do caso da forma mais célere possível, como exige a gravidade da situação”.
Leonardo Costa, da redação do Correio Sul Goiano, com informações da Agência Brasil de Notícias.