Correio Sul Goiano Notícias de Morrinhos e Região
A história se repete. Novamente um dos presídios goianos é alvo de más notícias. Desta vez, o mais importante de todos os presídios de Goiás. Na tarde de sexta-feira, 11/11/16, detentos de uma das Alas da Casa de Prisão Provisória, a CPP de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, provocaram uma rebelião interna.
No final desta página você poderá assistir a um vídeo que foi feito por um detento dentro do presídio, durante o princípio da rebelião. Aproveite, e no final desta página clique em CURTIR e compartilhe esta notícia com outras pessoas. Obrigado.
PROTESTO
Segundo as primeiras informações, tudo começou com um protesto dos presos após a troca da diretoria da unidade, ocorrida há dois dias.
De acordo com o presidente do Conselho da 4ª Vara Criminal, foi realizada uma inspeção no local e foi constatado que os detentos estavam há cerca de três dias sem água e sem comida. A direção do presídio nega essa informação.
Familiares que estiveram lá afirmam que na quinta-feira, 10/11, os detentos foram colocados no pátio vestindo somente cuecas. Na tarde de sexta-feira, presos da Ala “B” tentaram invadir duas alas de isolamento do complexo prisional, e atearam fogo em colchões.
A REBELIÃO
Na ala “B” masculina, de onde os detentos começaram a rebelião, há cerca de 500 presos. Nenhum fugiu do local e não há informações sobre feridos.
Agentes penitenciários impediram a invasão e retiraram os presos dos setores alvos da invasão, levando-os para outros locais.
A Secretaria de Segurança informou que a segurança no local foi reforçada para tentar conter a rebelião.
VÍDEOS
Vídeos mostram vários presos em uma quadra de esportes quebrando uma bancada de concreto. A maioria está com o rosto coberto com camisas. É possível ver os colchões pegando fogo e alguns presos com suchos nas mãos gritando “Uhh, vai morrer!”.
O vídeo foi enviado ao portal G1 pelo advogado Tiago Paulino Crispim Baiocchi. Ele disse que as cenas foram feitas por um preso, que cumpre pena por homicídio e é seu cliente. “Ele [preso] filmou e mandou as imagens para a mulher dele, que reencaminhou para mim”, disse.
SUPER LOTAÇÃO
De acordo com Jorimar Bastos, presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado Goiás – ASPEGO – a unidade sofre com problemas de superlotação. Ele diz que o ideal é ter um agente para cada oito presos. Mas, segundo ele este número está bem longe do atual, na CPP de Aparecida de Goiânia.
“Na CPP, hoje, têm 2,4 mil presos e havia apenas onze agentes de plantão no momento da rebelião. Situações dessa natureza podem ocorrer todos os dias. Não há uma quantidade de agentes para manter a estabilidade do sistema prisional”, disse ele, em tom de reclamação. Veja o vídeo que está circulando no WhatsApp e publicado no You Tube.
Fonte: G1/GO e Portal 730.
