Na tarde desta quinta-feira, 04/02/16, policiais da delegacia de Polícia Civil de Morrinhos, comandados pelo delegado Fabiano Jacomelis prenderam Valdeir Alves Pena de 51 anos, o principal suspeito de matar Wedson Alves da Silva, de 43 anos.
Os policiais cumpriram o mandado de prisão temporária expedido pelo Poder Judiciário, após solicitação feita pelo Delegado Fabiano Jacomelis.
A Polícia Militar via equipe da P-2 e a Polícia Civil, através de seus agentes já vinham monitorando o suspeito, mas, passado o período do flagrante necessitavam de um mandado para prendê-lo. Foi o que ocorreu na quinta-feira.
Segundo o delegado Fabiano Jacomelis, Valdeir ficou algum tempo escondido na mata próximo ao local do crime, mas depois foi para a casa da mãe dele, no setor Cristo Redentor, onde foi localizado e detido pelos policiais civis.
O delegado informou que o inquérito deve ser concluído em algumas semanas, inclusive contendo o laudo da polícia técnica.
Fabiano Jacomelis disse ainda que Valdeir deverá ser indiciado por homicídio, Artigo 121 do Código penal Brasileiro, § 2º Parágrafos II (motivo fútil) e IV (à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido) – com pena prevista entre 12 e 30 anos de reclusão.
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Na postagem anterior, referente ao homicídio de Lucas Silva, informamos que naquela oportunidade as polícias registraram dois homicídios, em menos de um mês, em Morrinhos.
Pois é, o tom de lamentação continua, pois no 27º dia do ano, o terceiro homicídio foi registrado, além de ao menos duas tentativas, que chegaram ao nosso conhecimento – uma delas contra o empresário Gil, do Posto, que publicamos aqui em nosso site, e outra quando um trabalhador tentou matar o outro durante uma briga de foice numa propriedade rural, de um médico que atende no Hospital Municipal de Morrinhos – esta até então, pelo que sabemos, de forma estranha, sem registros nas polícias e hospitais de Morrinhos.
Na tarde de quarta-feira, 27/01/16, um homem matou o outro com golpes na cabeça. Foi em uma propriedade rural, na região Serra, pelos lados do Rancho Alegre, distante quase 4 quilômetros do asfalto, na altura do Km 612, da BR 153, após entrar em estrada de terra.
Wedson Alves da Silva, conhecido como Edinho, de 43 anos, foi assassinado com golpes na cabeça, que acabaram por esmagar o crânio.
Ainda não conseguimos apurar com exatidão se a ferramenta utilizada pelo assassino foi uma enxada ou enxadão.
O principal suspeito das polícias, de ter cometido o crime é Valdeir Alves Pena, de 51 anos. Os dois são vizinhos de fazenda e muito conhecidos um do outro.
As primeiras informações são de que ele teria matado Edinho, e em seguida se dirigido à casa onde mora com a família, poucos metros abaixo do local do homicídio e lá teria dito à esposa e aos filhos o que tinha acabado de fazer, pedindo para que eles informassem os vizinhos.
Nesse instante, Valdeir teria colocado algumas roupas em um saco, além de uma faca, e saiu em fuga, deixando para trás a esposa e os filhos assustados.
A esposa dele então se dirigiu ao vizinho mais próximo e contou o que Valdeir tinha acabado de lhe dizer. Foi o vizinho que encontrou o corpo de Edinho caído à margem da estrada, próximo a um mata burro e a uma porteira.
Testemunhas teriam dito à PM que na noite anterior ao dia do crime os dois estiveram juntos e em determinado momento, Edinho teria feito alguma brincadeira com Valdeir, e dito algo que ele não gostou de ouvir.
As polícias investigam se isso realmente aconteceu e se teria sido o motivo do desentendimento que acabou em morte.
Na casa de Valdeir, a polícia militar encontrou uma espingarda calibre 28, com 10 cartuchos, sendo 8 deflagrados e dois intactos. A arma foi apreendida. Ela não foi usada no crime.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e compareceu ao local do crime, mas, encontrou a vítima sem vida. Houve esmagamento do crânio e nada pôde ser feito para salvá-lo.
Imediatamente a Polícia Militar compareceu ao local para registro do fato e início das investigações, na tentativa de encontrar o suspeito.
A Polícia Técnico Científica também compareceu para coleta de dados para as investigações da Polícia Civil. Os técnicos do IML fizeram a remoção do corpo.