Sem nenhuma justificativa, de um dia para o outro, os combustíveis amanheceram mais caros em Morrinhos na terça-feira, 29/12.
A noite de segunda-feira terminou com uma coincidência de R$ 3,68 para a gasolina e amanheceu com outra coincidência maior ainda: R$ 3,79. Putz!!!
O preço de R$ 3,68 vigorava há pouco mais de 30 dias, em quase todos os postos, lembrando até a época do “tabelamento”. Não há variações.
Os postos em Morrinhos praticam o mesmo preço, com raríssimas e excepcionais exceções, e elas não passam de 1 ou 2 centavos.
Incrível, ou poderíamos dizer até mesmo cômico – se não fosse trágico.
Não houve aumento anunciado pela Petrobras na terça-feira, 29/12. Portanto, não há razões plausíveis para tal aumento repentino e “alinhado”.
O consumidor cada vez mais com cara de tacho tem que se limitar a engolir a seco. Ou abastece no preço “tabelado” ou fica sem rodar… pronto, simples assim.
É um alinhamento de preços que ninguém admite, mas, que fica claro e evidente aos olhos de quem passa por cada um deles.
Um dia desses fui à Goiatuba e então precisei completar o tanque do meu carro. Entrei no posto cuja tabela marcava R$ 3,68 o litro da gasolina. Quando estacionei junto à bomba vi que nela o preço era de R$ 3,59. Ué… mais barato que a placa. Me bateu uma curiosidade e eu fui falar com o frentista:
– “Moço, vocês estão andando para trás. Sua placa marca R$ 3,68, mas a gasolina está mais barata na bomba, porque você não conserta a placa, isso vai te ajudar a vender”.
No que ele me respondeu.
– “Não podemos. Se eu baixar lá na placa o telefone não vai parar de tocar. A concorrência me enforca. Eles não me deixam baixar. Prefiro dar o desconto aqui na bomba, que aturar os concorrentes me ligando e pressionando para eu aumentar”.
Agora eu te pergunto: pode isso Arnaldo?
O sujeito deixa de mandar em seu próprio negócio e passa a ser refém de outros para alinhar um preço?
Que nome tem isso?
Como se classifica uma atitude dessas?
E onde fica o direito do consumidor?
Onde estão os que deveriam defender o interesse público e coletivo?
Responda-me quem souber.
(Da redação, por Leonardo Costa)