Veja abaixo, algumas fotos que marcam a belíssima história de Morrinhos. O aniversário de Morrinhos é na verdade em 29 de agosto. Neste 2024 são completados 142 anos de emancipação. Mas, tradicionalmente a comunidade celebra também a Fundação do povoado que deu origem ao município, em 1845. Mesmo com os historiadores já tendo descoberto que, de fato, o povoado teve início bem antes de 1845, foi este ano que ficou estabelecido como o marco zero. Sendo assim, são celebrados 179 anos de fundação do povoado.
Portanto, são duas celebrações: o aniversário da cidade, em 29 de agosto, com sua emancipação política e a fundação do povoado, em 16 de julho.
NÚMERO DE HABITANTES
O mais recente Censo realizado pelo IBGE foi divulgado em junho de 2023 e revelou que Morrinhos tem 51.351 habitantes.
NÚMERO DE ELEITORES
Após o cadastramento biométrico, de acordo com o Cartório Eleitoral local, Morrinhos tem 37.336 eleitores aptos a votar. Ou seja, mais de 72,71% da população está apta a votar.
AS CELEBRAÇÕES DO ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO
Tradicionalmente a comunidade de Morrinhos celebra a fundação do povoado que deu origem à cidade a partir do ano de 1845, portanto neste 2024 estamos celebrando 179 anos de fundação.
OBS: O aniversário de Emancipação Política, ou seja, criação oficial da Cidade e do Município, é celebrado em 29 de Agosto. Neste ano celebramos 142 anos de emancipação política!
CONTESTANDO…
O HISTORIADOR JOSÉ AFONSO BARBOSA DESCOBRIU QUE O POVOADO É MAIS VELHO QUE A IDADE QUE TODOS IMAGINÁVAMOS
Documentos mais antigos revelam que o município é bem mais velho que os 179 anos celebrados em 16 de julho de 2024, como nos explica o historiador e escritor José Afonso Barbosa – que já presidiu a Academia Morrinhense de Letras – AML.
Baseado nesses achados históricos o escritor afirma que a fundação se deu muito antes de 1845.
EVIDÊNCIAS E PROVAS DOCUMENTAIS
É que em maio de 1822 a família Corrêa Bueno chegava ao município de Santa Cruz de Goiás (hoje Morrinhos), onde aconteceu o casamento de Vicente Corrêa Bueno com Rosa Maria de Jesus – explica o historiador José Afonso Barbosa. Leia trecho do documento histórico:
“Aos vinte e cinco de maio de mil oitocentos e vinte e dois, nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goiás, pelas oito horas do dia, em minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, por palavras de presente, celebrei o casamento de Jacinto Corrêa Bueno, filho legítimo de João Caetano Corrêa Bueno e Antônia Maria de Jesus, natural e batizado na Capela de Santo Antônio do Monte, filiada à Matriz da Vila de Tamanduá, Bispado de Mariana, com Rosa Maria de Jesus, viúva que ficou por falecimento de José Bernardes, e não lhes dei as bênçãos nupciais por ter a contraente já recebido em outras núpcias e para constar fiz este assento”. Assinou o documento o Vigário Colado Antônio Joaquim Siqueira.
Tal casamento foi nulo e refeito nove dias depois:
“Aos quatro dias de junho de mil oitocentos e vinte e dois, nesta Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz de Goiás, pelas nove horas do dia, em presença das testemunhas abaixo assinadas, revalidei o casamento de Jacinto Corrêa Bueno e Rosa Maria de Jesus, casados antes nulamente por dois impedimentos dirimentes, por falta da assistência, ou licença do seu legítimo pároco e afinidade em segundo grau por cópula lícita de que fora dispensado pelo Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor Governador desta prelazia José Joaquim Pereira da Veiga e para constar fiz este assento”.
Percebam que baseado neste documento, constatamos que em 1822 o povoado já tinha até mesmo igreja estabelecida para realização do citado casamento. Bem antes de 1845.
Mas, foi somente em março de 1836 que tiveram início os ofícios da Igreja Católica Apostólica Romana na Capela de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, com o Capelão Misael da Costa Valle, como consta em vários outros documentos.
O ano de 1836 é o ano que dá noticia da primeira certidão de óbito lavrada no povoado, ou seja, bem antes de 1845. Leia abaixo um trecho do documento histórico:
“Capela de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, aos 24 de março de 1836. Declarou José Luís de Castilho, que ontem, pelas seis horas da tarde, faleceu neste Arraial, Luís Antônio de Castilho, homem branco, casado, que vivia de agricultura e criar, filho legítimo de José Francisco da Costa e Joana Francisca, já falecidos. Para constar fiz este termo. Assina comigo o declarante. O Capelão Misael da Costa Valle. José Luís de Castilho”.
Exatos 14 dias depois, era oficiado o primeiro casamento na Capela. Leia trecho do documento histórico:
“Aos oito dias de abril de 1836, nesta Capela de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, filiada à Matriz de Santa Cruz de Goiás, em minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, receberam em matrimônio, por palavras de presente, Francisco de Paula de Abreu Lima, de idade de dezenove anos, lavrador, filho legítimo de Manoel de Abreu Lima e Ana Maria Gomes da Silva, com Maria Francisca de Jesus, de dezenove anos, filha legítima de Manoel Ferreira Pinto e Ana Joaquina de Jesus, brancos e sem impedimento algum, canônico ou civil. Assinam comigo as testemunhas, o Juiz de Paz José Antônio de Barros e Caetano Corrêa Bueno. O Capelão Misael da Costa Valle.”
Logo depois era oficiado o casamento (o segundo) de Maria Joaquina da Conceição, filha de Caetano Corrêa Bueno e Francisca Maria de Jesus, cujo documento está quase que totalmente ilegível – uma raridade – ressalta o historiador José Afonso Barbosa.
FESTA DA PADROEIRA
Nesse mesmo ano, os festejos de Nossa Senhora do Carmo já foram realizados na Capela recém-inaugurada.
Em 26 de março de 1845, por escritura pública, o Capitão Gaspar Martins da Veiga e sua esposa Joaquina Maria de Jesus, fizeram a doação de 600 alqueires de terra à Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, para que nela fosse erguida a cidade que há anos dava seus primeiros passos.
Em 31 de julho de 1845, pela Lei nº 3, a Capela Curada de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos era elevada a Freguesia de Natureza Colativa.
Seu território era o mesmo da Capela Curada, desmembrado que foi da Freguesia de Santa Cruz a que pertencia (o que seria o espaço geográfico sob sua jurisdição).
Talvez por isso, seja o ano de 1845 o que todos levem em conta para celebrar a fundação de Morrinhos.
ERRO GRAVE
Porém, este é um grave erro histórico, pois, como os documentos já citados mostram, a vida por aqui já era movimentada há muitos anos, como demonstra o histpriador, José Afonso barbosa e também demonstrava o saudoso jornalista Fernandino Barbosa.
MAIS DA HISTÓRIA
José Afonso Barbosa segue explicando:
A Freguesia de Nossa do Carmo dos Morrinhos adquiria assim autonomia administrativa, porém o vício continuava.
“Aos vinte e seis dias do mês de julho de mil oitocentos e quarenta e sete nesta Capela de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos filiada à Matriz de Santa Cruz de Goiás, em minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, receberam em matrimonio por palavras de presente João Domingos da Silva, de idade de vinte anos, o qual vive de lavrar a terra (teriam que dizer nesta Freguesia de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos e não ‘Capela’), filho legítimo de João Antônio do Carmo e Josefa Luiza de Magalhães da Silva com Jesuína Moreira da Silva, de idade de vinte anos, filha legítima de Manoel Teixeira de Guimarães e Júlia Moreira da Silva, brancos e sem haver impedimento algum, para constar lavra este termo em que assinam comigo as testemunhas Severino Manoel Dias e Jacob Duarte”.
João Domingos da Silva e Jesuína Moreira da Silva eram bisavós do Médico Penido de Oliveira.
INVOLUNTÁRIO
A Igreja, e demais membros da sociedade morrinhense, num erro involuntário, passaram a citar a data de 1845, como a da fundação do Arraial, o que é um tremendo disparate, pois a data de 31 de julho lembrava apenas a criação da Paróquia e não a fundação do Arraial, que se deu justamente em 1833, doze anos antes, portanto.
CONFUSÃO
Segundo dados oficiais. A não separação de anos dos dois eventos causou um nó na história do município, passando os órgãos públicos, escolas e demais seguimentos da sociedade, a ver na data da fundação da Paróquia a data da fundação do Arraial de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, gerando uma tremenda confusão e induzindo as pessoas ao erro. O saudoso jornalista Fernandino Barbosa falava muito sobre isso. Ele também defendia que o município já estava se movimentando bem antes desta data que ficou instituída.
FESTA
Em 1945, a Igreja teve a ideia de comemorar o centenário da elevação da Capela de Nossa Senhora do Carmo à condição de Freguesia, insistindo no erro involuntário de não separar as datas dos dois acontecimentos de alta relevância nos destinos da cidade. Persistindo assim a confusão, causa de graves prejuízos históricos à sua comunidade. Veja trecho de outro importante documento:
“Graças à iniciativa de um grupo de católicos e habitantes deste município, levando-se em conta o plano já preestabelecido pela respeitável e distinta matrona d. Maria de Oliveira Lisboa e Costa, celebrar-se-ão entre 7 e 16 de julho vindouro, nesta cidade, as solenes festividades comemorativas do 1º Centenário do Patrimônio da Cidade de Morrinhos. É uma homenagem excepcional que se prestará a PADROEIRA DA NOSSA PARÓQUIA, Nossa Senhora do Carmo”
Beneficiária da doação feita pelo Capitão Gaspar Martins da Veiga e sua mulher d. Joaquina Maria de Jesus que, por escritura pública de 26 de março de 1845, fizeram doação da extensa área de terrenos, hoje ocupada pela cidade de Morrinhos e seus arredores, ao primitivo Orago do povoado de Nossa Senhora do Monte do Carmo, que, por lei provincial, também de 1845, foi elevado à categoria de distrito sob a denominação de Vila Bela de Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos, do antigo município de SANTA CRUZ. (outro erro crasso, pois a designação “Vila Bela”, só aparece com a criação do município de Vila Bela do Paranaíba em novembro de 1855).
Designação, aliás, criada a revelia dos habitantes do Arraial de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos, como uma homenagem dos deputados goianos ao Barão de Vila Bela, título criado em 15 de fevereiro de 1827, por Dom Pedro I, para homenagear o Marechal Francisco Magessi Tavares de Carvalho (1769-1847), militar português que foi presidente de Mato Grosso (1817) e da Cisplatina (1825). Nome bonito, apesar de imposto e que por isso mesmo teve vida curta.
Trata-se, como se vê, de um duplo CENTENÁRIO, e por isso, deliberou-se, por conveniente e econômico, celebrá-lo de uma só vez, em uma mesma data, escolhendo-se a 16 de julho, que, pelo Calendário Católico, é dedicado à nossa EXCELSA PADROEIRA. Para isto, organizou-se uma comissão Promotora dos Festejos, abaixo assinada, que assumiu o compromisso de levar a efeito as comemorações do CENTENÁRIO em apreço, havendo preparado, desde logo, uma programação especial.
Como seja uma festa genuinamente popular, com aspecto cívico-religioso, na qual deva todos tomar parte ativa, sem distinção de classe ou credo, por ser uma festa do município, fazemos, por isso mesmo, o mais ardente apelo a todos os moradores desta comuna, que nela exerçam a sua atividade ou que vivam de qualquer modo dos seus recursos, para que prestem o seu valioso concurso financeiro às comemorações do CENTENÁRIO DO PATRIMÔNIO DA PARÓQUIA DE MORRINHOS, fazendo extensivo o nosso apelo a todos os filhos de habitantes deste município no mesmo sentido, hoje residentes fora daqui.
Na verdade Morrinhos já contava, no mínimo, com 12 anos de vida, pois sua fundação se deu em 1833, pelo mineiro Antônio Corrêa Bueno. Mas, isso segundo dados oficiais. Porém, como já informado acima essa data, de fato, é mais antiga.
Tudo leva a crer que a fundação de Morrinhos se deu realmente em princípios de junho de 1822, haja vista que em fins de maio e início de junho deste ano a família Corrêa Bueno já se encontrava na Vila de Santa Cruz de Goiás, o que ficou provado através de documentos existentes até hoje na Diocese de Ipameri, o que na realidade daria a Morrinhos 202 anos de fundação desde o primeiro povoado.
Segundo José Afonso Barbosa, este artigo tem o objetivo de desfazer esta discrepância histórica, chamando a atenção principalmente das ESCOLAS para que não incorram mais neste erro e também a imprensa escrita e falada e a própria Igreja, para que divulguem a data correta da fundação da cidade de Morrinhos (1833) e a da fundação da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo dos Morrinhos (1845), reparando assim os trilhos da história de criação do Arraial de Nossa Senhora do Monte do Carmo dos Morrinhos.
Que seja divulgado o ano de 1822, como sendo o ano da fundação da cidade de Morrinhos, seguindo assim o rito oficial.
(Fonte: José Afonso Barbosa)
MORRINHOS – UMA BELA HISTÓRIA
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