sábado, 26/ abril/ 2025
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Bolsonaro ataca Moraes e Lula em ato por anistia em São Paulo

Bolsonaro ataca Moraes e Lula em ato por anistia em São Paulo

Na primeira grande manifestação após se tornar réu sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste domingo (6/4), que as acusações contra ele são fruto de perseguição política à direita, mas que não recuará nem fugirá. Acuado por uma ação penal na qual pode acabar preso, ele disse que, na verdade, foi ele quem sofreu um “golpe” ao ser derrotado nas eleições de 2022.
Em um discurso de cerca de 25 minutos para a multidão reunida na Avenida Paulista, ele afirmou que a manutenção de sua inelegibilidade em 2026 seria “escancarar a ditadura no Brasil”. Bolsonaro fez ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Vamos falar quem deu golpe em outubro de 2022? Quem tirou Lula da cadeia? O cara condenado em três instâncias por corrupção, por lavagem de dinheiro, é tirado da cadeia. Quem descondenou o Lula para ele fugir da Ficha Limpa? Os mesmos”, disse. “Quem deu golpe em 2022? Quem pesou a mão por ocasião das eleições? O golpe foi dado, tanto é que o candidato deles está lá.”
Bolsonaro voltou a afirmar que seus adversários o querem morto e que sua saída do Brasil, em dezembro de 2022, sem reconhecer a derrota, foi uma medida de autoproteção. “O golpe deles só não foi perfeito porque eu saí do Brasil em 30 de dezembro de 2022. Se eu estivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro, ou assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na presidência”, afirmou.
O ato realizado na Avenida Paulista para pressionar uma anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro contou com a presença de sete governadores aliados. Até agora, o governo de São Paulo não divulgou uma estimativa de manifestantes presentes.
A manifestação foi marcada por referências à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou o símbolo da Justiça em frente ao STF com os dizeres “perdeu, mané”, com batom. Alexandra Moraes propôs pena de 14 anos de prisão para ela, que atualmente responde em prisão domiciliar.

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